São Paulo, quinta-feira, 24 de outubro de 1996 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
'Incertas' do COI deixam Rio atento Cidade antecipa surpresas MÁRIO MAGALHÃES
Em Sevilha (Espanha), houve passeio de bicicleta com o mesmo objetivo. Em São Petersburgo (Rússia), o nigeriano Henry Adefope, médico, pediu, de repente, para conhecer um hospital. O Comitê Rio-2004 já se prepara para surpresas como essas na visita dos 15 integrantes da Comissão de Avaliação do COI para a Olimpíada de 2004. Acompanhados de cinco técnicos, eles desembarcam na manhã de 21 de novembro no Rio e partem no dia 25. A cidade é uma das 11 candidatas para abrigar os primeiros Jogos do século 21. Em março de 97, serão escolhidas quatro ou cinco finalistas. A decisão será em setembro. "Nosso principal objetivo será mostrar que a candidatura de um país em desenvolvimento tem credibilidade", afirmou o coordenador do projeto olímpico, Luiz Martins de Melo. Ele prevê o que chamou de "incertas do COI" -decisão da delegação de mudar, em cima da hora, o programa da visita. Se o médico nigeriano, membro da comissão, quiser conhecer o Hospital do Fundão, no local destinado ao futuro Parque Olímpico Universitário, já estão definidos os setores que ele percorrerá, os mais limpos e modernos. O planejamento está quase concluído. Nos três ônibus destacados para a Comissão de Avaliação, os estrangeiros não sentirão o mau cheiro do canal do Cunha, no trajeto do aeroporto Internacional para o hotel Copacabana Palace. Os ônibus têm ar-condicionado e ficam de janelas fechadas. Além disso, a maré estará alta, e o cheiro, mais suportável. Para evitar engarrafamentos, a Polícia Militar fará uma operação no trajeto dos visitantes, para resolver, imediatamente, problemas causados por acidentes. Técnicos do Comitê Rio-2004 estão cronometrando os trajetos, para que não haja atrasos. A sofisticação do plano para encantar o COI é tamanha que se sabe que um delegado é vegetariano, e haverá pratos especiais para ele. É de conhecimento do comitê, também, que o assunto que mais interessa ao português Lima Bello, por exemplo, é iatismo. O norueguês Petter Ronningen só viaja para conhecer o impacto da Olimpíada no meio ambiente da cidade. Texto Anterior: Atacante diz que aceita voltar ao Valencia Próximo Texto: Comissão ensaia questionário Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |