São Paulo, sábado, 26 de outubro de 1996
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Trânsito em pontes começa a ficar lento antes do nascer do sol

Congestionamento na região só melhora após as 8h30

DA REPORTAGEM LOCAL

O trânsito lento na zona norte começa mais cedo do que nas outras regiões da cidade. Desde as 6h, o fluxo de veículos pelas pontes da Casa Verde e das Bandeiras -duas das principais saídas da região- é grande.
Tanto assim que, diariamente, às 5h50, os marronzinhos da CET começam a reverter uma das faixas de trânsito da ponte da Casa Verde, colocando mais uma faixa em direção ao centro.
O congestionamento fica mais acentuado às 7h e só começa a melhorar após as 8h30 -horário em que a avenida Paulista, por exemplo, está "parada".
A estudante Cândida Monteiro Cabral, 34, que mora na Casa Verde, diz que é obrigada a pegar o ônibus que a leva para a faculdade às 6h45. "Se demorar um pouco mais, fico parada na ponte da Casa Verde e posso chegar atrasada", afirmou a estudante, que entra às 7h30 e estuda na avenida Rudge, a poucos quilômetros da sua casa.
Eixo
A ponte das Bandeiras, construída na década de 20, é o viaduto mais antigo que passa por sobre o rio Pinheiros. A ponte é mais velha que a própria marginal Pinheiros.
Por ser tão antiga, foi construída com uma previsão de tráfego bem menor do que a demanda atual. E o que é pior, a ponte é passagem para o único eixo contínuo de ligação entre as regiões norte e sul da cidade.
O eixo, no sentido norte-sul, é formado pela avenida Santos Dumont, pela ponte das Bandeiras, pelas avenidas Tiradentes e Prestes Maia, pelo vale do Anhangabaú e pelas avenidas 23 de Maio e Rubem Berta.
A ponte é considerada o principal "gargalo" do eixo. Tem apenas quatro faixas de cada lado, bem estreitas, sendo que duas recebem o fluxo proveniente da marginal. À tarde, quando os moradores estão voltando para casa, a dificuldade de passagem pela ponte provoca uma lentidão até o Anhangabaú.

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