São Paulo, domingo, 27 de outubro de 1996 |
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Supercarros correm seu 'epílogo' em SP
DA REPORTAGEM LOCAL Era perfeito, tentaram melhorar, e estragou. Assim pode ser traduzida a trajetória da mais interessante categoria que o automobilismo gerou nos últimos tempos.O ITC (sigla em inglês para Campeonato Internacional de Turismo), que realiza hoje, em Interlagos, sua penúltima etapa do ano, está com os dias contados. Duas das três fábricas que apóiam o evento já decidiram sair em 1997, deixando um buraco que dificilmente será contornado. Custos, brigas por direitos de TV e até uma conspiração de Bernie Ecclestone, o chefão da F-1, seriam as razões de tal fracasso. Na verdade, só o mercantilismo desenfreado pode explicar o fim de uma categoria que proporciona corridas disputadíssimas. Derivado do DTM, o campeonato alemão de turismo, o ITC tem um regulamento único. Tudo que a F-1 já produziu e proibiu em termos de tecnologia embarcada está nos Alfas, Mercedes e Opels que compõem a categoria. Toda essa modernidade, aliada a regras tradicionais como lastro nos carros vencedores e provas em duas baterias, atraiu o público e pilotos experientes. A maioria vinda da F-1: Alessandro Nannini, J.J.Lehto, Nicola Larini, Bernd Schneider, Hans Stuck. Sem falar nos que estão indo, como Giancarlo Fisichella e Jan Magnussen, o futuro companheiro de Rubens Barrichello na Stewart. A receita funcionou tão bem nos últimos anos que a FIA decidiu dar caráter internacional ao campeonato. As equipes cresceram, e os orçamentos ganharam nível de F-1, assustadores US$ 50 milhões. Para piorar, a primeira incursão fora do cenário europeu promete decepcionar. O evento foi pouco divulgado em São Paulo. NA TV - Globosat/Sportv, ao vivo, a partir das 13h; flashes na Globo Texto Anterior: 'Sensibilidade é o problema' Próximo Texto: Pilotos ficam deslumbrados Índice |
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