São Paulo, terça-feira, 29 de outubro de 1996
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Quadrilha toma casal como refém para assaltar joalheria

DA REPORTAGEM LOCAL

Um grupo de ladrões assaltou no domingo a joalheria Tadini, na al. Lorena, nos Jardins (zona oeste de São Paulo), depois de sequestrar e manter como refém por dez horas um funcionário da loja.
O funcionário José Santos Souza, 43, que trabalha há 23 anos na empresa, foi sequestrado por dois homens armados e encapuzados por volta das 7h de domingo ao sair de uma padaria próximo a sua casa, no Glicério, região central.
Levado a seu apartamento, foi mantido como refém junto com sua mulher, Letícia Pereira, 48, até às 17h.
Os assaltantes o obrigaram, segundo a polícia, a entregar as chaves da loja e a ensiná-los como desativar o sistema de alarme.
Enquanto um grupo ia para a joalheria, dois homens ficaram no apartamento com o casal. Os circuitos internos de TV da loja não funcionam fora do expediente.
Os ladrões tiraram primeiro as jóias e relógios que estavam nas vitrines. Depois, com um maçarico elétrico, foram abrindo os cofres da loja e da oficina.
O funcionário e sua mulher foram liberados do banheiro do apartamento após um telefonema do grupo que havia ido à joalheria, informando do fim do assalto.
Os reféns dizem não ter condições de reconhecer os dois ladrões que ficaram com eles no apartamento, pois eles estavam com os rostos cobertos por capuzes.
O empresário Dorian Guido Tadini, 42, proprietário da joalheria, disse que tudo o que havia na loja em ouro e prata foi roubado.
O seguro, segundo Tadini, não cobre a totalidade dos prejuízos, que ele afirmou não ter calculado. Foram levadas também jóias pertencentes a clientes, que estavam na oficina para ajustes.
Segundo Tadini, os clientes serão ressarcidos.
A Tadini existe há 45 anos. Nos últimos 24, a loja funcionou na rua Oscar Freire, também nos Jardins, de onde mudou para o atual endereço há três meses.

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