São Paulo, terça-feira, 29 de outubro de 1996
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Proposta para FGTS divide Força Sindical

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Sindicatos filiados à Força Sindical estão insatisfeitos com a forma como a direção executiva da central está conduzindo as discussões sobre o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) na privatização.
Alguns sindicalistas -entre eles um membro da direção nacional- ignoravam as discussões sobre a proposta da central, votada e aprovada ontem pela direção executiva.
Segundo Luiz Antonio de Medeiros, presidente da Força, a proposta aprovada -elaborada em parceria com o economista Paulo Rabello de Castro- seria mandada ontem aos sindicatos. Estes teriam então cinco dias para discutir o assunto e mandar sugestões.
No entanto, os sindicatos ouvidos ontem pela Folha ignoravam a aprovação da proposta e nenhum deles havia recebido comunicado algum sobre o tema.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, Francisco Cardoso Filho, o Chicão, um dos principais líderes da central e membro da direção nacional (não da executiva), ignorava o tema.
"Fiquei sabendo agora dessa decisão", afirmou o sindicalista.
A proposta da central foi apresentada aos sindicatos em um seminário há cerca de duas semanas.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santa Bárbara d'Oeste (interior de São Paulo), Cláudio Pereira, que participou desse seminário, o tempo proposto agora para discussão é inviável.
"Estou achando estranha essa decisão. Ainda temos muitas dúvidas e não vou dar o meu aval em cinco dias", disse o sindicalista.
A mesma opinião é partilhada por Olímpio Barroso de Sá, diretor do Sindicato dos Empregados das Empresas de Limpeza do Rio.
"Alguma coisa está errada. Não foi isso que foi combinado."

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