São Paulo, terça-feira, 29 de outubro de 1996
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Bolsa cai pelo quinto pregão consecutivo

JOSÉ CARLOS VIDEIRA
DA REDAÇÃO

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) voltou a cair ontem, pelo quinto pregão consecutivo.
O índice Bovespa (que mede o desempenho das principais ações da Bolsa) recuou ontem mais 1,57%, acumulando desvalorização de 6% nos últimos cinco pregões.
Telebrás PN (o carro-chefe do mercado) despencou 10% no período. Só ontem, caiu 2,38%.
Vale do Rio Doce PN foi o destaque entre as altas do Ibovespa ontem, em meio ao desânimo que tomou conta do mercado. O papel da mineradora subiu 1,3%, fechando a R$ 22,20.
Mas a trajetória baixista do papel da estatal das telecomunicações brasileiras poderia estar relacionada a fatores técnicos.
Muitos fundos de pensão (tradicionais investidores das Bolsas) estariam desenquadrados nas suas posições (quantidade) em Telebrás.
Segundo a legislação que rege o sistema, esses investidores institucionais só poderiam concentrar até 5% das suas aplicações em Bolsa num único papel.
Segundo operadores, muitos fundos de pensão estariam muito acima desse limite.
Como a fiscalização por parte da Secretaria de Previdência Complementar tem sido rígida, os fundos vêm tendo de enquadrar-se aos limites. Com mais papéis no mercado, os preços descem ladeira.
Na avaliação de operadores, a receptividade no mercado internacional dos "global bonds", lançados pelo governo brasileiro não teria sido tão positiva quanto se esperava.
Esse fator externo também teria influenciado em parte no desempenho negativo do mercado acionário nacional, ontem.
Câmbio
As cotações do dólar comercial à vista ficaram pressionadas durante o dia inteiro.
O último negócio saiu a R$ 1,0295 na ponta vendedora, contra R$ 1,270 de sexta-feira.
As saídas de recursos nos últimos quatro dias teriam deixado o mercado com pouco volume da moeda norte-americana, disseram operadores de mesas de câmbio. Apesar da pressão, o Banco Central não atuou ontem no câmbio.
No mercado de juros, o dinheiro a termo negociado para hoje fechou a 2,52%/2,53% de taxa-over.

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