São Paulo, terça-feira, 29 de outubro de 1996
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Tubo de ensaio

MELCHIADES FILHO

A temporada que festeja meio século de NBA começa nesta sexta-feira com cara nova e promessa de muita confusão.
Cerca de 150 jogadores mudaram de camisa, nas férias mais movimentadas da história da liga norte-americana.
Resta saber como vão se adaptar aos novos times.
As palavras-chaves nesta largada, portanto, são entrosamento e química.
Houston Rockets, New York Knicks e Los Angeles Lakers comandaram o laboratório.
Os Rockets desmontaram a base que foi bi (94 e 95) para fechar com Charles Barkley.
Torcem para que o veterano melhore o passe e o rebote da equipe, assumindo um papel de coadjuvante-catalisador (função, aliás, inédita na carreira estelar do ala-pivô).
Já os Knicks abandonam o defensivismo dos últimos anos para destilar um ataque de alta octanagem: chegam o bom arremessador Alan Houston e o versátil Larry Johnson.
Os Lakers, por sua vez, tocam uma experiência de ação prolongada. Seduziram Shaquille O'Neal, 24, e Kobe Bryant, 18, uma dupla com potencial para dominar a liga na passagem da década, mas talvez inexperiente para emplacar agora.
Resumo: muita mexida, pouco tempo para treinar.
É por isso que Chicago Bulls e Seattle Supersonics partem favoritos. Campeão e vice, eles mantiveram seus núcleos.
Os Bulls renovaram com o treinador Phil Jackson, o cestinha Michael Jordan e o reboteiro Dennis Rodman.
Prestigiaram também a opção pela experiência -reforçaram o banco com o pivô Robert Parish, 43, o mais velho da liga e tricampeão pelo Boston.
Os Sonics seguraram o técnico George Karl e estenderam os contratos de Gary Payton, o cérebro, Hersey Hawkins, o melhor chutador, e Sam Perkins, o principal reserva da equipe.
Por isso, hoje eu aposto num repeteco da final 95-96. E você?

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