São Paulo, quarta-feira, 30 de outubro de 1996
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"Torneio serve para melhoria genética", diz Rubez

DA REDAÇÃO

"Os torneios leiteiros contribuem para a melhoria genética do rebanho e o avanço da produtividade."
A opinião é de Jorge Rubez, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite B, que patrocina o Miss Leite B.
Para Rubez, os torneios não trazem danos à saúde dos animais. "Todos os medicamentos utilizados estão liberados e são vendidos livremente no comércio", diz ele.
Rubez compara os torneios às corridas de cavalo e provas de Fórmula 1. "Como todas as disputas, o torneio também está sujeito a acidentes", diz.
A vantagem desses concursos, segundo ele, é a aplicação de novas tecnologias para aprimorar a produção.
"É bobagem falar em overdose. Se o criador aplicar hormônio em excesso, o animal elimina", explica Rubez.
Ele admite, porém, que os animais podem sofrer durante o torneio.
"Assim como sofre um atleta durante uma prova de 100 m rasos", diz.
O objetivo, segundo Rubez, é explorar ao máximo o potencial da vaca.
"É verdade que as vacas ficam sanfonando (taquicardia), porque estão superalimentadas e o sangue circula mais rápido. Mas elas só correm risco de vida se tiverem alguma lesão cardíaca."
Celso da Costa Carrer, zootecnista da Associação Brasileira dos Criadores (ABC), destaca a importância dos torneios como marketing tecnológico.
"Utilizamos esses eventos para divulgar a necessidade do controle leiteiro dos rebanhos", diz.

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