São Paulo, quarta-feira, 30 de outubro de 1996
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Cidade sofre com falta de locais para colocar suas 17 mil t diárias de lixo

DA REPORTAGEM LOCAL

O destino das 16,8 mil toneladas de lixo recolhidas diariamente em São Paulo é um desafio para o próximo prefeito.
A maior parte do lixo produzido hoje, incluindo o entulho e o resíduo industrial, segue para apenas três aterros. Todos com uma estimativa de vida útil muito pequena.
O aterro sanitário Bandeirantes, o maior da cidade, na zona norte, tem capacidade para mais cinco anos. O aterro de Itatinga, na zona sul, que comporta apenas entulho, poderá receber por dois anos.
O aterro São João, na zona leste, recebe cerca de 5,5 mil toneladas por dia de lixo domiciliar. Tem uma vida útil estimada em mais 2,5 anos. A prefeitura está ampliando o aterro para aumentar a capacidade para mais 15 anos.
O lixo hospitalar também é um problema para o próximo administrador. Hoje, esse lixo é queimado em dois incineradores- o de Vila Mariana, na zona sul, e o da Ponte Pequena, na zona norte. Os gases produzidos pela queima provocam protestos dos moradores.
Celso Pitta (PPB) defende a ampliação dos aterros sanitários e a desapropriação de novas áreas.
Pretende também construir dois novos incineradores e uma nova usina de compostagem. Essa usina substituiria as duas que estão em funcionamento hoje.
Luiza Erundina (PT) quer incentivos fiscais para as empresas que utilizem material reciclado e o investimento na coleta seletiva.
Diz que vai comprar áreas em outros municípios para a instalação de novos aterros e estimular a compostagem do lixo coletado.

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