São Paulo, quarta-feira, 30 de outubro de 1996 |
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Bolsa sobe com dados parciais da balança
JOSÉ CARLOS VIDEIRA
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) interrompeu a insistente sequência de cinco quedas. Os contratos futuros de dólares negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias & de Futuros) recuaram, depois das fortes oscilações do dia anterior. Os juros futuros ficaram estáveis nos vencimentos mais curtos e até caíram nos mais longos. Os US$ 224,6 milhões da média diária das exportações brasileiras na quarta semana do mês trouxe um verdadeiro alívio aos mercados -bastante nervosos nos últimos dias. A expectativa era de que a média das exportações chegasse, na melhor das hipóteses, a US$ 190 milhões, contra US$ 168,8 milhões da terceira semana. O índice da Bovespa, que havia caído nos cinco pregões anteriores, avançou 2,32% ontem, fechando com 65.497 pontos. O volume financeiro da Bolsa paulista também foi bem mais robusto, ficando em R$ 599,19 milhões. O mercado acionário também recebeu bons fluidos do mercado externo. Indicadores sobre a economia dos EUA, divulgados ontem, fizeram o juro dos títulos de 30 anos recuar para 6,69% ao ano, puxando para cima (0,57%) o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York. Telebrás PN -a vedete do mercado- reencontrou os compradores, subindo 3,79%, para R$ 76,60 o lote de mil ações. Câmbio Todas as expectativas negativas que pressionaram a cotação do dólar segunda-feira foram neutralizadas ontem com os números das exportações do mês. O dólar comercial à vista, que havia subido até R$ 1,0295 no dia anterior, recuou ontem para R$ 1,0275 na ponta vendedora no final das operações. O mercado já reduziu para US$ 700 milhões as projeções de déficit da balança comercial para este mês, contra o US$ 1 bilhão calculado anteriormente. Para deixar a situação bem mais confortável, o mercado calculava que o fluxo de divisas ficaria positivo em torno de US$ 80 milhões ontem. Texto Anterior: Autopeças quer criar fundo de pensão Próximo Texto: Credicard e Bradesco prevêem Natal aquecido Índice |
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