São Paulo, quinta-feira, 31 de outubro de 1996 |
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Banco Excel paga mais para captar US$ 175 mi
MILTON GAMEZ
Foi a primeira operação externa do banco após a incorporação dos ativos bons do Econômico pelo Excel, em maio passado, sob os auspícios do Proer (programa federal de fortalecimento do setor financeiro). Os eurobônus têm prazo de oito anos, mas com possibilidade de resgate em três e cinco anos. A taxa anual de juros paga ao investidor será de 10,85% (três anos), 11,06% (cinco anos) e 11,23% (oito anos). Esse custo representa um "spread" (sobrepreço) de 4,98 pontos percentuais sobre as letras do Tesouro dos Estados Unidos de prazos semelhantes. O Banco Noroeste, em agosto, fez uma captação de três anos pagando um spread de 4,75 pontos percentuais. Para o Excel Econômico, o custo da operação não foi alto demais. "Foi uma taxa atrativa para ambas as partes. Considerando que de agosto para cá o mercado retraiu-se em relação aos papéis de empresas de países emergentes, foi um bom negócio", diz Gilberto Nobre, vice-presidente do Excel Econômico. Ele lembra que, nas últimas semanas, o mercado de papéis foi abalado com notícias sobre a desvalorização do peso mexicano, as acusações de corrupção na Argentina pelo ex-ministro Domingo Cavallo e pelo déficit acentuado da balança comercial brasileira. Esses problemas afetaram a colocação, há três dias, dos US$ 750 milhões em bônus globais, pelo governo brasileiro. No caso do Excel Econômico, a receptividade foi considerada boa por Nobre: a intenção inicial era lançar apenas US$ 100 milhões em eurobônus. Texto Anterior: Solução para o Bamerindus está próxima Próximo Texto: IGP-M registra alta na inflação de outubro; Vale registra lucro de R$ 280 milhões no ano Índice |
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