São Paulo, quinta-feira, 31 de outubro de 1996
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PIB atinge US$ 718,5 bilhões, diz IBGE

DA SUCURSAL DO RIO

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro -soma de todos os bens e serviços produzidos no país- alcançou o maior valor de sua história em 1995. Foram R$ 658,14 bilhões, ou US$ 718,49 bilhões, já pelo novo método de cálculo criado pelo BC (Banco Central), que leva em conta o dólar médio do ano.
Ontem, o IBGE divulgou sua primeira revisão do PIB de 95. Em relação ao número anteriormente divulgado (R$ 631 bilhões), houve um crescimento de R$ 27,49 bilhões. Em dólar, o PIB anterior, já pelo novo método do BC, era de US$ 688,86 bilhões.
Em termos reais, o PIB de 95 cresceu 4,24% em relação a 94. O número anterior era 4,12%. Em comparação com o ano-base de 1980, o PIB de 1995 está 34,2% maior.
Considerando o novo método de cálculo do PIB em dólar, o número de 94 foi, segundo os técnicos do IBGE, de US$ 561,31 bilhões, 27,97% menor que o de 95.
Para Almir Cronemberger, coordenador da equipe de Contas Nacionais do IBGE, a diferença em relação aos 4,24% de crescimento real representa o quanto o real se valorizou em relação ao dólar em 95, aproximadamente 22,8%, sem considerar a inflação do dólar.
'Per capita'
O IBGE mostra também que o PIB "per capita" (por pessoa) brasileiro no ano passado foi de R$ 4.243,67, ou US$ 4.632,83.
Em comparação com 1994, o PIB "per capita" cresceu 2,8%. Em relação à base de 1980, houve um crescimento de 2,1%. O resultado é o segundo melhor já apurado pelo IBGE, perdendo apenas para os 2,5% de 1987.
O PIB per capita é calculado dividindo o valor total do produto pela população do país. Em 95, a população brasileira foi estimada pelo IBGE em 155,82 milhões, com um aumento de 1,37% sobre 94.
Investimentos
A Formação Bruta de Capital Fixo, que representa a taxa de investimentos do país em relação ao PIB, foi de 16,6% em 95, a preços constantes de 1980, com um aumento de 1,3 ponto percentual em relação ao ano anterior.
A taxa de investimentos ainda está longe dos 21% considerados necessários para que o PIB cresça a taxas próximas a 7%, tidas pelos economistas como ideais para que a economia absorva o crescimento anual da força de trabalho.
A preços correntes (sem levar em conta a inflação), os investimentos de 95 somaram R$ 126,64 bilhões, equivalentes a 19,2% do PIB.

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