São Paulo, quinta-feira, 31 de outubro de 1996
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Tesouro leiloa títulos de até dois anos

JOSÉ CARLOS VIDEIRA
DA REDAÇÃO

O governo aposta no alongamento das taxas de juro, com a colocação de títulos com prazo de até dois anos no leilão de hoje do Tesouro.
A expectativa dos operadores do mercado de juros (e dos outros também) deverá estar toda voltada para essa operação.
O governo vai ofertar LTNs (Letras do Tesouro Nacional) com prazos de seis meses e de um ano.
Além disso, serão ofertadas NTNs-H (Notas do Tesouro Nacional), com correção pela TR (Taxa referencial), com prazo de seis meses, e NTNs-T, com correção cambial, e vencimento só daqui a dois anos.
Os papéis de prazo mais longo têm sido muito bem aceitos pelo mercado nos últimos leilões.
O mercado acredita que o governo pode repetir hoje o mesmo sucesso obtido com colocação dos títulos dos mesmos prazos em leilões anteriores.
No mercado à vista de dinheiro, os negócios foram tranquilos. Nos mercados futuros, as taxas fecharam praticamente estáveis.
As apostas para o custo do dinheiro no próximo mês, e também para dezembro, projetavam taxa efetiva de 1,78%, idêntica à TBC (Taxa Básica do Banco Central) que vai vigorar a partir de amanhã.
Bolsas
O volume financeiro da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) foi bom, apesar de o índice ter ficado fraco.
O índice Bovespa recuou 0,09%, fechando em 65.432 pontos.
O giro financeiro da Bolsa paulista atingiu R$ 482,71 milhões.
Telebrás PN (o principal papel do mercado) fechou com zero de variação, a R$ 76,60 o lote de mil ações.
O papel oscilou muito pouco durante o dia.
Mas, segundo operadores, a tendência da Bolsa, no médio prazo, é de alta.
No Rio de Janeiro, a Bolsa caiu 0,24%, fechando em 24.531 pontos (Isenn).
No mercado de câmbio o dia também não apresentou muita oscilação. No mercado à vista, o dólar comercial fechou a R$ 1,0275 na ponta vendedora, mesma cotação do dia anterior.
O mercado aguarda para hoje o leilão de "spread" (compra e venda) do BC que deve ratificar ou alterar a minibanda.

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