São Paulo, quinta-feira, 31 de outubro de 1996
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Nenhum candidato será 'presidente perfeito'

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A revista política "George", editada por John Kennedy Jr., publica na sua edição de novembro o resultado de pesquisa com o perfil do "presidente perfeito" na opinião do público norte-americano.
Com base nas respostas a 51 perguntas sobre características físicas, de personalidade, currículo, vida pessoal e posições políticas sobre os principais assuntos da agenda política, "George" traçou um perfil ideal do presidente.
Quando procurou entre os homens públicos do país quem melhor se encaixasse nesse perfil, a revista descobriu não Bill Clinton, Bob Dole nem Ross Perot, mas sim John Sawhill, o presidente de uma importante entidade ambientalista, a Nature Conservancy.
Ele é homem (só 16% dos entrevistados na pesquisa preferem uma mulher na Presidência), tem cabelos castanhos (42% das preferências), é casado, com filhos, nascido na região nordeste do país, filho de família de classe média baixa, com experiência na iniciativa privada e no governo, nunca usou drogas e favorável ao direito do aborto, à pena de morte e a orações nas escolas.
Graça
Sawhill achou graça quando a revista disse que ele é o presidente dos sonhos dos norte-americanos. Disse que, observando as dificuldades dos candidatos, nunca chegou a considerar a possibilidade de concorrer ao cargo. Mas acha que seria um bom presidente.
A maioria dos entrevistados prefere um presidente magro, alto, na faixa dos 50 anos, bem-humorado, protestante, que goste de música erudita e de esportes, tenha feito o serviço militar e nunca passado por terapia psicológica.
Clinton na frente
Ao aplicar os resultados aos três principais candidatos à Presidência em 1996, "George" concluiu que Bill Clinton atende a mais preferências do que seus adversários. Bob Dole aparece em segundo lugar, e Ross Perot, em terceiro.
Os problemas com Clinton são sua falta de serviço militar, a experiência juvenil com maconha e a preferência por música popular.
Com Dole, os problemas principais são a idade e suas posições antiaborto e contra políticas de ação afirmativa.
(CELS)

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