São Paulo, sexta-feira, 1 de novembro de 1996 |
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Infecção matou em setembro
ANDRÉ MUGGIATTI
A estudante Jaquiliny Pinto de Souza, 17, perdeu a filha, Yasmim, aos dez dias de idade, em 10 de setembro, por septicemia (infecção generalizada). O Ministério da Saúde divulgou que o aumento de mortes no berçário ocorreu desde agosto. Os sintomas apresentados por Yasmim, segundo a mãe, são iguais aos relatados por outras mães que perderam os filhos na maternidade. "Ela foi ficando roxa e cansada. Aos poucos foi ficando dura e não se mexia mais quando a gente tocava nela", diz. Yasmim era a primeira filha de Souza. Em sua casa, os brinquedos já comprados, o carrinho de bebê e o berço esperam uma criança que não vai mais chegar. "Eu estava só esperando minha filha ir para casa. Ela foi, mas morta, dentro de uma urna." O bebê nasceu aos oito meses de gestação, com 2,150 quilos. "Ela estava bem e chegou a mamar. Mas depois que entrou no berçário para ganhar peso, começou a ficar ruim." Souza diz ter sofrido muito nos dias em que esteve no hospital. "Aquilo ali era imundo. Tinha poeira sobre as incubadoras, formigas andando lá dentro. Eu tinha que tirar minha filha de dentro para espantar as formigas", diz. Texto Anterior: Fotógrafo da Folha é agredido Próximo Texto: Escolas e governo tentam acordo Índice |
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