São Paulo, sábado, 2 de novembro de 1996
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Menem defende reeleição para os presidentes do Mercosul

WILLIAM FRANÇA
ENVIADO ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS (SC)

O presidente argentino, Carlos Menem, defendeu a reeleição dos dirigentes dos países do Mercosul como forma de assegurar a continuidade do processo de integração entre seus membros -Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
"Me deram seis anos de governo. Senti que a ação do meu governo estava truncada, precisava de pelo menos mais quatro. Consegui e posso assegurar que isso trouxe um grande aporte para a Argentina e que isso é muito bom para o Mercosul", disse Menem.
Sobre uma possível reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso, Menem demonstrou mais entusiasmo ainda. Disse que oito anos para FHC "é um tempo bom para dar ao país a possibilidade de desenvolvimento permanente e sustentado".
O presidente argentino aproveitou o tema da reeleição para brincar ainda com os dois outros presidentes presentes -FHC e Juan Carlos Wasmosy, do Paraguai. Os três participaram ontem do encerramento do 3º Congresso de Marketing e Negócios do Cone Sul.
"Sou o decano (o mais antigo) dos presidentes do Mercosul. Espero que outros aqui se convertam em decanos como eu", afirmou.
Fernando Henrique aproveitou a brincadeira de Menem para falar de reeleição. "Isso é um traço cultural nosso. Podemos usar a liberdade de brincarmos uns com os outros: até do presidente Menem me desafiar, porque tem dez anos de mandato", disse FHC.
Em seu discurso, Wasmosy disse esperar que todos os presidentes do Mercosul "completem as condições" para serem reeleitos.
O presidente paraguaio defendeu também a manutenção da ordem e fez um discurso contra a atuação das organizações de direitos humanos. "As organizações de diretos humanos defendem os delinquentes", declarou.

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