São Paulo, sábado, 2 de novembro de 1996 |
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Moradores sem-teto agora fazem o inventário dos objetos perdidos
JOÃO BATISTA NATALI
São pessoas humildes, com renda familiar que dificilmente ultrapassa os R$ 800 reais. E raramente são famílias formadas pelo pai, a mãe e os filhos. Há também genros e noras, netos e agregados. Mesmo quando a destruição não atingiu todos os móveis e eletrodomésticos, há sofás chamuscados por gotas de querosene, há cortinas de pano barato que ainda trazem o odor da fumaça. Ontem foi o dia de inventário dos objetos perdidos. Cada morador deveria entregar à TAM uma lista detalhada. E foi também o dia de selecionar o que ainda poderia seguir para um guarda-móveis que a empresa proprietária do Fokker contratou, para o período em que durar a construção das casas demolidas ou danificadas. Nada de muito valor: ventiladores, máquinas de lavar roupa, fogões com manchas negras de um fogo próximo. Texto Anterior: Presidente da TAM tem reputação de trabalhador Próximo Texto: Moradora teme outro acidente Índice |
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