São Paulo, sábado, 2 de novembro de 1996
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Divulgação leva 37% da verba do provão

FERNANDO ROSSETTI

FERNANDO ROSSETTI; PAULO SILVA PINTO
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

Exame Nacional de Cursos do MEC, que ocorre pela primeira vez no próximo dia 10, vai custar R$ 3,95 mi

PAULO SILVA PINTO
O MEC (Ministério da Educação) deverá gastar cerca de R$ 3,95 milhões com o provão, 37% disso (R$ 1,45 milhão) com a campanha de divulgação -tanto em publicidade como em informativos para os estudantes que participam.
O provão -ou Exame Nacional de Cursos- será aplicado pela primeira vez no próximo dia 10, domingo, e vai avaliar estudantes do último ano dos cursos de graduação em administração, direito e engenharia civil.
A maior parte da verba de campanha (R$ 794 mil) será consumida na semana que vem, quando o governo veicula nacionalmente por televisão e rádio as últimas dicas para os estudantes.
A peça que será veiculada na segunda e terça-feira diz que o cartão de identificação do aluno deve chegar pelo correio até o dia 6, quarta-feira, e que, se isso não ocorrer, ele deve procurar a coordenação de seu curso.
As outras peças, que serão veiculadas nos dias 8 e 9, sexta e sábado, são recomendações do que levar à prova. Ontem, a Folha publicou os locais onde ocorrerão os exames.
Internet
Os dois bate-papos na Internet, ocorridos nas duas últimas semanas entre o ministro Paulo Renato Souza e estudantes, também incluídos na verba de campanha, custaram R$ 47,1 mil.
Os informativos e outros impressos enviados aos estudantes saíram por R$ 41 mil. Outras produções para TV, rádio e Internet (como uma home page sobre o assunto) custaram R$ 455 mil e tiveram veiculação gratuita.
A verba de divulgação inclui ainda ainda três edições da "Revista do Provão", uma para cada área avaliada, ao custo de R$ 117 mil. Foram impressas 150 mil dessas revistas, todas coloridas.
Estarão realizando o provão do dia 10 cerca de 55 mil alunos (leia quadro abaixo).
Produção
A produção do provão deve ficar em torno de R$ 2,5 milhões. A Fundação Cesgranrio, do Rio, encarregada das provas de administração e engenharia civil, recebe R$ 1,2 milhões.
A Fundação Carlos Chagas, de São Paulo, que cuida da área de direito, receberá R$ 990 mil, segundo o coordenador do exame, Jocimar Archangelo.
Os custos operacionais estão orçados em R$ 310 mil. Não estão sendo contabilizados os custos do trabalho dos funcionários do ministério.
Com R$ 3,95 milhões dá para construir e equipar quatro escolas de ensino fundamental, para cerca de mil alunos cada.

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