São Paulo, sábado, 2 de novembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Indústria prevê alta de até 10% nas vendas

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Aumentos de preços menores do que a inflação levam a indústria de produtos típicos de verão a prever para esta temporada venda até 10% maior do que a de 1995/96.
A Insol, que comercializa a linha de sorvetes Yopa, estima para o período de novembro de 1996 a março de 1997 venda 5% maior do que a de igual período de 1995/96, chegando a 21 milhões de litros.
Raymond Bodenmann, diretor da Insol, diz que o consumo crescerá neste ano porque os preços dos sorvetes subiram três pontos percentuais menos do que a inflação no período -entre 10% e 12%.
A empresa, diz ele, também aumentou o número de freezers -hoje são ao todo 34 mil- nos pontos-de-venda e a frota de caminhões para a distribuição dos produtos, o que absorveu investimentos de US$ 7 milhões em 1996.
"Estamos lançando ainda mais produtos. Foram 18 em 1995 e serão 20 neste ano. E gastando mais em marketing -US$ 11 milhões em 1996, ou US$ 3 milhões mais do que em 1995."
Para a produção de verão, a Insol contratou cerca de cem pessoas extras. Hoje, ela tem aproximadamente mil funcionários.
Na análise de Bodenmann, a venda de sorvetes no país tem muito espaço para crescer. No Brasil, o consumo por habitante é de 1,5 litro por ano. Nos Estados Unidos, de 25 litros e, nos países da Europa, de 15 litros.
Recorde
A concorrente Kibon prevê bater recorde de vendas nesta temporada de verão com venda entre 5% e 10% maior do que na anterior.
Roberto Dranger, diretor de marketing, diz que a empresa está investindo mais neste ano em lançamentos e em propaganda e isso ajudará a aumentar as vendas.
Ele conta que os preços dos sorvetes da Kibon também subiram menos do que a inflação. "Por tudo isso, estamos bem animados com este verão."
A Spal, que engarrafa e distribui Coca-Cola, Fanta, Sprite e Taí, a cerveja Kaiser e a água Cristal na na Grande São Paulo, Grande Campinas e Baixada Santista, espera vender neste final de ano e início de 1997 de 8% a 10% mais do que no mesmo período do ano anterior.
Francisco Mello, diretor comercial, conta que a empresa tem mais presença nos pontos-de-venda e por essa razão vai vender mais.
A Spal investiu neste ano US$ 30 milhões em equipamentos, entre geladeiras verticais, máquinas de refrigerantes em lata, misturadores (refrigerantes de copo) e chopeiras.
Para Mello, esses investimentos devem propiciar à empresa aumento de participação no mercado neste verão. Nos refrigerantes, prevê, deve subir de 54% para 56% e, nas cervejas, de 31% para 32%.
Além dos US$ 30 milhões gastos em equipamentos, a Spal reservou outros US$ 40 milhões para a compra de caminhões, renovação de equipamentos, treinamento de pessoal etc.
"Estamos bem preparados para abastecer o mercado neste verão." Mello diz não ver neste ano a possibilidade de falta de produto, como aconteceu no passado.

Texto Anterior: Venda de populares mantém crescimento
Próximo Texto: Equipe faz listagem dos bens
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.