São Paulo, sábado, 2 de novembro de 1996
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CIA investiga exposição a arma química no Iraque

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A agência central de inteligência dos EUA (CIA) anunciou ontem que vai investigar acusações feitas por dois ex-funcionários de que ela ocultou evidências sobre a exposição de soldados norte-americanos a armas químicas iraquianas durante a Guerra do Golfo.
A diretora executiva da CIA, Nora Slatkin, disse que a investigação interna foi decidida para reforçar a confiança pública na agência. Mas expressou sua confiança em todos os funcionários envolvidos.
Patrick e Robin Eddington pediram demissão da CIA no início deste ano, após terem -segundo eles- descoberto documentos de 60 incidentes em que tropas norte-americanas foram expostas a armas químicas no Iraque em 1991 na Guerra do Golfo.
O casal Eddington está escrevendo um livro sobre o caso e diz estar convencido de que uma operação para encobrir os incidentes está em vigor desde 1991.
Slatkin afirmou que a CIA não tem qualquer evidência de que armas químicas iraquianas foram usadas contra tropas americanas.
O governo dos EUA admite que alguns soldados se expuseram a armas químicas iraquianas ao conquistarem depósitos de armamentos iraquianos.
Milhares de veteranos da Guerra do Golfo se queixam de sintomas que podem estar ligados à exposição a armas químicas.
(CELS)

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