São Paulo, sábado, 2 de novembro de 1996
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Facções rivais curdas chegam a um acordo de paz na Turquia

Grupos ficam proibidos de aceitar apoio de estrangeiros

PATRICK COCKBURN
DO "INDEPENDENT", EM JERUSALÉM

Após dois meses de lutas, facções curdas rivais assinaram ontem, na Turquia, um acordo de paz que encerra recente período de confrontos entre os grupos.
O tratado, mediado por EUA, Reino Unido e Turquia após dois dias de conversações, exige que ambos os grupos evitem apoio de forças internacionais. O Iraque criticou o acordo.
A guerra curda mudou rapidamente o destino no campo de batalha. A União Patriótica do Curdistão (UPC), liderada por Jalal Talabani, atacou primeiro, supostamente com o apoio do Irã, em 17 de agosto passado.
Diante da derrota, o Partido Democrático do Curdistão, de Massoud Barzani, se aliou ao líder iraquiano, Saddam Hussein, e expulsou Talabani da maior parte do norte do Iraque. Barzani "reviu" o líder da UPC em contra-ofensiva.
"É um bom projeto para restabelecer o governo regional curdo no norte do Iraque", disse Robert Pelletreau, subsecretário do Departamento de Estado dos EUA.
Pelo tratado, a região do norte do Iraque será dividida ao longo das frentes de batalha desenhadas em 23 de outubro, época da contra-ofensiva da UPC, prisioneiros serão libertados e nenhum dos dois lados poderão impedir o trabalho de agências humanitárias.
O acordo será monitorado por um grupo que incluirá membros das minorias assírias e turcomanas do norte do Iraque.
A guerra civil curda, que começou em 1994, causou sérios danos às aspirações da etnia em ter um território independente, que cresceram na esteira da revolta curda no final da Guerra do Golfo (1991).

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