São Paulo, sábado, 2 de novembro de 1996
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Acidente aéreo; Surpresa negativa; Resposta; Transporte coletivo; Rabo preso

Acidente aéreo
"Será que após essa tragédia aérea nós, moradores da rota de aviões, seremos mais protegidos ou será que haverá mais tragédias para que providências sejam tomadas?"
Laís Cordenunzzi (São Paulo, SP)
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"A tragédia do vôo 402 da TAM trouxe espanto e dor irreparável para incontáveis corações de familiares e amigos.
Quero aqui homenagear e chorar por todos os que se foram na pessoa de uma passageira loura, de olhos azuis, voz barulhenta e risada escancarada, Maria Adelaide Senna, minha amiga.
Adeus, minha solar amiga, irremediáveis saudades."
Tuca Magalhães (São Paulo, SP)
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"Com profundo pesar, lamentamos o trágico acidente com a aeronave da TAM, que vitimou todos os seus tripulantes e passageiros, dentre os quais nossa querida amiga e colaboradora Flávia Staut, de apenas 23 anos.
Queremos registrar que por diversas vezes viajamos com o comandante Moreno, que infelizmente também faleceu no acidente, só tendo elogios a fazer à sua pessoa."
Adilson Carvalho de Almeida, diretor-presidente da TAS -Torcida Ayrton Senna (São Paulo, SP)
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"Gostaria de demonstrar minha indignação com a forma como foi transmitido, por certas redes de televisão, o acidente de avião. Fiquei revoltado ao ver que certas emissoras, durante o horário da tarde, mostravam cenas de corpos carbonizados, como se fossem uma imagem comum no dia-a-dia.
É triste ver o despreparo dos repórteres que trataram o assunto como um show de novela mexicana, apelando para o emocional em vez de tentar prestar um serviço de apoio às pessoas que lá estavam trabalhando."
Paulo Roberto Marques Cintra (São Paulo, SP)

Surpresa negativa
"Encontro-me negativamente surpreendido pelas declarações que me foram atribuídas pela repórter da Folha relativamente ao regime automotivo brasileiro (31/10).
Tendo efetivamente destacado a necessidade de adequação das modalidades de atribuição da cota tarifária para importação de veículos pelas autoridades brasileiras, em nenhum momento mencionei o imperativo da supressão do regime automotivo brasileiro.
Na oportunidade, contentei-me em indicar a necessidade de se buscarem soluções alternativas para torná-lo compatível com o conjunto dos compromissos assumidos pelo Brasil na condição de membro da Organização Mundial do Comércio."
Bruno Dethomas, embaixador, chefe da delegação da comissão da União Européia (Brasília, DF)

Resposta
"Algumas afirmações do professor Hélio Santos ('Painel do Leitor', 29/10) precisam ser respondidas: o Movimento Negro Unificado (MNU) não é 'um braço negro do PT'.
Não é verdade que José Dirceu, presidente nacional do PT, seja contra a organização do voto negro. Hélio Santos conhece o nosso partido e acompanha as atividades da Secretaria Nacional de Combate ao Racismo do PT.
Sabe que essa secretaria propôs e o conjunto de nosso partido assumiu a campanha 'Faça a coisa certa'. Uma campanha que em nível nacional propôs o voto nos candidatos negros e negras e em candidatos anti-racistas comprometidos com propostas de mudança e contrárias aos efeitos político-culturais de projetos que excluem e oprimem grupos e classes sociais.
As acusações levianas de Hélio Santos ao MNU e ao PT infelizmente são incoerentes com posicionamentos seus que até o dia 29 de outubro acreditávamos ser de um cidadão que, como nós, almeja transformar a realidade da população negra. Ainda há tempo: 'Faça a coisa certa'."
Flávio Jorge Rodrigues, secretário nacional de Combate ao Racismo do PT (São Paulo, SP)

Transporte coletivo
"Em relação à carta do ex-secretário municipal dos Transportes Lúcio Gregori ('Painel do Leitor', 26/10): um comparativo entre os períodos de 1989/1992 e 1993/1996 aponta uma melhoria do sistema de transporte coletivo no período 1993/1996, retratado pelas pesquisas ANTP/Gallup.
O número de passageiros transportados por veículo/dia foi, em média, de 762 passageiros no período 89/92 e de 591 no período 93/96. O número de passageiros transportados por m2 foi de 7 pass./m2, contra 6,5 pass./m2 atuais.
O número de ônibus em operação passou de 8.337, em 89/92, para 10.319, 93/96.
O número de viagens realizadas subiu de 34,2 milhões/ano para 40,2 milhões/ano. O número de operadores por veículo era de 6,65 em dezembro/92 (dado do DOM) e de 5,87 em maio/96.
Hoje, há um acidente a cada 44.250 quilômetros rodados, enquanto esse número era de um acidente a cada 35.250 quilômetros.
O custo por passageiro transportado foi de R$ 0,95 em dezembro de 92, R$ 0,82 em dezembro de 95 e de R$ 0,93 em junho de 96.
A remuneração paga por passageiro às empresas contratadas foi de R$ 0,95 em dezembro de 92, de R$ 0,76 em dezembro de 95 e de R$ 0,86 em junho de 96.
Esses números são apurados por técnicos da SPTrans de extrema competência que, há anos, controlam os indicadores operacionais e financeiros do sistema de transporte urbano de São Paulo."
Antonio Emiliano Leal da Cunha, diretor administrativo financeiro da SPTrans -São Paulo Transporte S.A. (São Paulo, SP)

Rabo preso
"Não vou renovar minha assinatura pelos motivos abaixo: a Folha vem se tornando um jornal indecente com relação ao governo federal, a ponto de podermos dizer que está de rabo preso com o governo.
A Folha, na eleição municipal, está totalmente tendenciosa, a apoiar o candidato Pitta."
Claudio Damião Godinho dos Santos (São Paulo, SP)

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