São Paulo, domingo, 3 de novembro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Silva esbarrou em preconceito
ARMANDO ANTENORE
Encontrou as autos no arquivo morto do Judiciário. Entre as milhares de ações, separou as que tratavam de abandono. E, destas, extraiu os 370 casos. Encaminhou-se, então, para o Serviço de Cadastro de Menores, que pertence à Febem. Lá achou os prontuários dos meninos -as pastas com o histórico do que cada garoto viveu nos internatos. Consultou, em seguida, o Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt, subordinado à Polícia Civil. Descobriu ali quais dos meninos cometeram crimes quando adultos. Silva começou a tese em março de 1994. Para obter todos os documentos legalmente, precisou percorrer um extenso trâmite burocrático. Algumas negociações chegaram a durar oito meses. Às vezes, esbarrava em preconceitos. No dia 20 de junho de 1995, o delegado Jorge Miguel mandou uma carta à USP explicando por que achava melhor não abrir os bancos de dados da Polícia Civil. "São sigilosos", escreveu. Mas, logo abaixo, alertou: "Pesquisamos o nome e o RG do interessado (Roberto da Silva) e constatamos que o mesmo registra inúmeras passagens criminais". (AA) Texto Anterior: Conclusões do estudo colocam Febem em xeque Próximo Texto: Exames atestam "derrapagens" Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |