São Paulo, domingo, 3 de novembro de 1996 |
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Título externo pesa no cálculo
GABRIEL J. DE CARVALHO
Note, pelo gráfico acima, que em todo o período em que os juros internos (e TR) foram jogados lá para cima, a partir de março de 95, a TJLP manteve certa estabilidade. Isso ocorre porque os títulos da dívida pública externa influenciam em 75% a formação da TJLP. A TR baseia-se só em juros internos, a taxa média dos CDBs, à qual é aplicada um redutor. O cálculo da TJLP tem por base nove títulos da dívida externa, entre eles os IDUs (Bônus de Juros Devidos e Não-Pagos), e dois da dívida pública mobiliária interna (NTNs, ou Notas do Tesouro Nacional, séries D e H). O Banco Central define os títulos que entram no cálculo da TJLP, que está para ser mudado. As taxas e volumes de títulos são coletados por 90 dias e a TJLP é anunciada no primeiro dia útil do trimestre em que entrará em vigor. Isso faz com que essa taxa reflita com certa defasagem a queda (ou alta) dos juros. Já a TR, embora prefixada, está mais colada à tendência de curto prazo dos juros. Nos últimos meses, houve também um achatamento da TR porque o redutor aplicado à média dos CDBs permaneceu fixo, em 1,3%, até junho passado. Quando os juros caem, esse efeito é inevitável. Desde julho o redutor vem sendo reduzido (está em 0,95% este mês) justamente para neutralizar o achatamento. Observe, no mesmo gráfico acima, que a TR está registrando leve alta neste final de ano, apesar da queda nominal de CDBs, títulos públicos, CDI etc. (GJC) Texto Anterior: Indústria quer TJLP menor e mais crédito Próximo Texto: Troca de taxa gerou protestos Índice |
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