São Paulo, domingo, 3 de novembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Órgão diz buscar cuidado técnico

DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria de Vigilância Sanitária pretende, com o aumento da taxa de registro de medicamentos, alimentos, de produtos de higiene e cosméticos, ter melhor "cuidado técnico" na liberação do registro desses produtos.
Segundo o secretário de Vigilância Sanitária, Elisaldo Carlini, a secretaria tinha "excesso de trabalho burocrático sem nenhuma necessidade", já que muitos produtos obtinham registro e não entravam no mercado. Ele cita o exemplo da indústria farmacêutica, que tem mais de 10 mil medicamentos registrados, mas só cerca da metade está no comércio.
"Havia um abuso. Além disso, devido ao volume de pedidos, as aprovações eram feitas por rito sumário, sem muito cuidado técnico", afirma o secretário.
A secretaria espera ainda que as empresas adequem sua produção às exigências do mercado, fazendo estudos para constatar o potencial de vendas de determinado produto, em lugar de lançar vários produtos de uma só vez.
Segundo Carlini, a secretaria também quer ter recursos próprios para fazer fiscalizações em outras áreas, como hospitais e serviços de água, entre outros, ficando mais independente da administração direta.
O secretário diz que nos EUA a taxa de registro de medicamentos custa entre US$ 180 mil e US$ 250 mil, e na Europa, US$ 140 mil.
"Não é nossa culpa se o Estado foi ineficiente e não conseguiu dar conta da demanda de registros e, para isso, teve de aumentar os valores das taxas", afirma Joseph Couri, presidente do Simpi.

Texto Anterior: Taxa para registrar novos produtos sobe até 1.614%
Próximo Texto: Autogestão 'salva' 6.000 empregos até 97
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.