São Paulo, segunda-feira, 4 de novembro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
O'Toole satiriza anos 60
MURILO GABRIELI
O personagem de Peter O'Toole é o responsável pela sátira à revolução sexual. O editor de revistas que interpreta sonha em se tornar um homem sério, mas não consegue deixar de se envolver com as modelos com quem trabalha. Tenta resolver esse trauma com a psicanálise -um dos fetiches da década em questão. O terapeuta escolhido é o aloprado Peter Sellers, portador de um conveniente sotaque germânico e um nem tanto casaco Neru -nome-homenagem ao dirigente político da Índia, outra das fixações do período. Romy Schneider e Capucine encabeçam o elenco de beldades à "swinging London" que desfilam pela tela. O tema musical, é claro, é de responsabilidade de Burt Bacharach, o papa do "easy listening". No meio disso tudo, é possível enxergar um estreante Woody Allen, alguns anos a menos e fios de cabelo a mais. Além de assinar o roteiro ele reserva para si o mesmo papel que desempenharia pelos anos que se seguiriam: o complexado e prolixo intelectual. (MuG) Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: "Blow Up", de Antonioni, faz trinta anos Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |