São Paulo, terça-feira, 5 de novembro de 1996 |
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MoMa em Nova York recebe as faces e as bandeiras de Jasper Johns
CLÁUDIA TREVISAN
MoMa em Nova York recebe as faces e as bandeiras do artista Quatro décadas de trabalho, 110 pinturas, 86 desenhos, 17 gravuras e 12 esculturas. Esses são os números da maior retrospectiva da obra do pintor norte-americano Jasper Johns, 66, um dos mais influentes artistas plásticos do pós-guerra. A exposição, que está no MoMa (Museu de Arte Moderna) de Nova York, é organizada em ordem cronológica. Começa com "Flag" ("Bandeira", de 1954-55), e termina com um amplo painel (1992-95) sem título, no qual Johns retoma uma série de temas presentes em seus trabalhos anteriores. "Flag" foi o marco que cravou o nome de Johns na arte moderna. Iniciado em 1954, ele veio depois que o artista destruiu quase todos os seus trabalhos anteriores, com o objetivo de expurgar sua obra de qualquer influência estilística. Na opinião da curadora da mostra, Kirk Varnedoe, "Jasper Johns mudou o curso da arte em seu tempo". Varnedoe lembra que o artista é apontado como o "pai". Em 82, Johns abandona a abstração das linhas paralelas e adota uma linguagem mais figurativa. O pintor passa a fazer referências explícitas aos trabalhos de outras artistas, entre os quais Picasso, da Vinci, Cézanne e Hans Holbein. Três diferentes quadros de meados dos anos 90, por exemplo, têm como inspiração o "Retrato de um Jovem Nobre Segurando um Lemuróide", feito por Hans Holbein em 1541. "Antes, se eu fazia alguma coisa que lembrava o trabalho de outra pessoa -uma idéia, um gesto, uma qualidade da pintura- eu tentava me livrar dela. Mas agora isso não me afeta mais", diz Johns em um dos textos que acompanham a exposição. Texto Anterior: Exposição disseca obra de Mapplethorpe Próximo Texto: Página revela letras inéditas de Cazuza Índice |
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