São Paulo, terça-feira, 5 de novembro de 1996 |
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Exposição disseca obra de Mapplethorpe
DANIELA ROCHA
O fotógrafo centra sua atenção em cenas e poses eróticas -nus masculinos e femininos, pênis eretos e flores que lembram vulvas. Mas apenas algumas de suas fotos são explícitas. Mapplethorpe optou por apresentar em suas imagens símbolos da sexualidade contemporânea, como o cenário gay, o sadomasoquismo, o contraste angelical/demoníaco. A exposição é descrita por alguns críticos como icônica em excesso, que faz o espectador se importar mais com a percepção do fotógrafo do que com sexo. "As imagens podem ser chocantes, mas, após algum tempo as contemplando, o impacto some e o que fica é a elegância", descreveu a crítica inglesa Sarah Kent. Nascido em Nova York de uma família católica, Mapplethorpe foi alvo de muitas controvérsias. Uma delas foi causada por um auto-retrato de 1978, que está nesta exposição. Na foto, ele aparece de costas com um chicote que sai de seu próprio ânus. Por causa dessa imagem que uma exposição sua foi cancelada em Washington em 89, pouco depois de sua morte. Mapplethorpe morreu de Aids aos 43 anos. Em seu último auto-retrato, aparece desfocado ao fundo. Em primeiro plano há uma caveira, detalhe da bengala que segura com a mão direita. É a última foto da exposição. Texto Anterior: Livro e mostra "reconhecem" a obra de Bispo do Rosario Próximo Texto: MoMa em Nova York recebe as faces e as bandeiras de Jasper Johns Índice |
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