São Paulo, quarta-feira, 6 de novembro de 1996 |
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IML vai usar exame de DNA em 4 vítimas FABIO SCHIVARTCHE FABIO SCHIVARTCHE; SOLANGE IGREJAS
O IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo decidiu fazer o teste comparativo de DNA (material genético) para tentar identificar as quatro vítimas do vôo 402 que ainda não foram reconhecidas. No exame, que deve ser realizado na USP (Universidade de São Paulo), serão comparadas amostras de sangue das vítimas e de parentes. A informação foi divulgada ontem à noite pela assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública. Até agora, faltam ser identificados Luis Lauro Romero, Gilberto Alves Aquino Júnior, Maria Silvanete Lima e Flávia Stalti. Os corpos dessas vítimas estão completamente carbonizados e com muitas partes mutiladas. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, o diretor do IML, Francisco Claro, 55, entrou em contato com os familiares ontem para marcar a coleta de sangue. No entanto, os médicos legistas não vão cessar as tentativas de reconhecimento por meio de radiografias e sinais característicos. Ainda ontem, houve nova entrevista dos peritos do IML com familiares das vítimas na tentativa de obter informações que ajudem no processo de identificação. Claro não foi encontrado pela Folha, na noite de ontem, para confirmar as informações. Teste de DNA O DNA (ácido desoxirribonucléico), encontrado no núcleo das células, é o material químico responsável pela transmissão da herança genética dos pais para os filhos. Para fazer o exame, são comparadas amostras de sangue das vítimas (extraídas da medula óssea, dentes ou tecidos) e de parentes. O IML não informou, mas, segundo a reportagem apurou, o resultado do exame pode demorar de duas semanas a um mês. O chefe do setor de identificação do IML, Daniel Romero Muñoz, 50, afirmou anteontem que nenhum método pode dar "100% de certeza de eficácia". "Mas a margem de erro desse exame é praticamente desprezível", disse. Identificação Ontem pela manhã foi identificada mais uma vítima do acidente com o avião da TAM -Flávio de Araújo Filho, 40. Engenheiro, atualmente trabalhava no Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares). Ele foi reconhecido por radiografias trazidas pela família que apontavam uma fratura na clavícula e por chapas da arcada dentária. Texto Anterior: Leitora diz que lavadora não funciona Próximo Texto: Alunos de escola começam a perder o trauma do acidente Índice |
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