São Paulo, quarta-feira, 6 de novembro de 1996
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Armamento era do Exército

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Dois fuzis e as três granadas (uma delas detonada) antitanques encontradas pela polícia com a quadrilha de Costa Barros foram roubadas de arsenais do Exército.
Granadas do tipo costumam ser usadas em situações de guerra. Elas são apropriadas para o combate a carros-tanques, de acordo com o coronel Marcos Paes, do 9º Batalhão de PM.
No Gol abandonado pela quadrilha e junto aos dois mortos, a Polícia Militar informou ter arrecadado três fuzis: um AR-15, fabricado nos EUA e contrabandeado para o Brasil, e dois FAL, de uso restrito a profissionais das Forças Armadas.
Para lançar a granada contra a patrulha da PM, os criminosos usaram um equipamento que é acoplado ao cano dos fuzis.
No local, foram encontrados duas lança-granadas do tipo.
A polícia suspeita que os fuzis e granadas podem ter sido desviadas do Exército pelo ex-soldado Alex Paes Fernandes, 21, o PQD.
PQD é apontado pelo delegado Renato Coelho, da 40ª DP (Delegacia de Polícia), como gerente do tráfico na favela. Fernandes foi preso ontem.
Segundo a polícia, PQD serviu no BPChoque 2 (Batalhão de Choque da PM 2) na época da Operação Rio (de combate à criminalidade, realizada em 1994 e 95).
PQD esteve na PM cedido pelo Exército, onde trabalhava em um dos batalhões de paraquedistas da Vila Militar (zona norte do Rio).
A Folha não conseguiu ontem entrar em contato com PQD.
(ST)

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