São Paulo, quarta-feira, 6 de novembro de 1996 |
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USP estuda ação de polícia comunitária
ANDRÉ LOZANO
O sistema de polícia comunitária do Canadá é tido como referência. Pelo sistema canadense, polícia e cidadãos interagem por meio de grupos de consultas. Esses grupos recebem as reclamações e solicitações da população em relação à segurança e as encaminha para a polícia. Pelo sistema de controle policial canadense, o Ministério da Justiça nomeia uma comissão que deve investigar as denúncias contra a Polícia Montada (Polícia Federal). Canal de comunicação "O objetivo do sistema de segurança canadense é estabelecer um canal de comunicação entre a polícia e a comunidade", disse Jean-Pierre Beaulne, presidente da Comissão de Queixas Públicas da Polícia Montada do Canadá e integrante do Centro de Pesquisa e Educação em Direitos Humanos da Universidade de Ottawa. Segundo o corregedor-geral da Polícia Montada do Canadá, também integrante da universidade de Ottawa, Tim Quigley, o sistema canadense prevê a ajuda voluntária de cidadãos a vítimas de crimes violentos como estupro e roubo. Segundo a coordenadora de pesquisa do Núcleo de Estudos da Violência, Nancy Cardia, "o objetivo do intercâmbio com o Canadá é pensar um modelo de polícia comunitária que eventualmente pudesse ser aplicado no Brasil". Para a pesquisadora, as polícias Civil, Militar e Federal no Brasil reportam seus desempenhos aos oficiais superiores e não à sociedade. O Núcleo de Estudos da Violência e a Universidade de Ottawa vão instalar comitês consultivos, no Brasil e no Canadá, para a troca de informações que visem o aprimoramento do sistema de policiamento comunitário. "Enviaremos ao Canadá missões compostas por juízes, promotores e policiais brasileiros para acompanhar o trabalho da polícia comunitária canadense", afirmou Nancy. (AL) Texto Anterior: Assalto ao Bodega tem nova suspeita Próximo Texto: Shopping de Osasco reabre aos lojistas depois de cinco meses Índice |
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