São Paulo, quarta-feira, 6 de novembro de 1996
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Moradores vêem 'guerra'

DA SUCURSAL DO RIO

Para alguns moradores, os tiroteios de ontem foram provocados pelos policiais. "Eles não tinham nada que vir perturbar a gente", disse o estudante Plínio da Silva, 18.
O padeiro Luiz Lopes Filho, 38, afirmou que tem vontade de se mudar do bairro por causa da violência.
As irmãos do estudante, Ediméia, 20, e Paula, 21, demonstravam entusiasmo ao comentar o que tinham visto.
"Parecia guerra. Todo mundo se jogou no chão. As balas pipocavam por todos os lados. Nunca vimos isso por aqui", afirmou Paula.
A Secretaria da Segurança Pública diz acreditar que o comboio de criminosos que enfrentou a PM em Costa Barros se preparava para atacar um carro-forte ou um banco.
O número de carros (três) e o poderio das armas indicam para a secretaria que a quadrilha estava prestes a praticar uma ação ousada.
A possibilidade de que o bando fosse tentar conquistar pontos de drogas de alguma favela é pouco considerada.
Há dois meses as favelas de Costa Barros estão apaziguadas. No período, os morros da Lagartixa, Chapadão e Pedreira passaram a ser controlados pelos cúmplices Tonho e Herval.

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