São Paulo, quarta-feira, 6 de novembro de 1996
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Motta desautoriza comentário de Kandir

ELVIRA LOBATO
DA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, desautorizou ontem as declarações de seu colega do Planejamento, Antônio Kandir, sobre a privatização das empresas do Sistema Telebrás.
Anteontem, em São Paulo, Kandir disse que a Embratel será privatizada e que o Sistema Telebrás -que possui 27 companhias telefônicas subsidiárias- será agrupado em quatro holdings.
Segundo Motta, só o Ministério das Comunicações "tem competência" para falar sobre o cronograma das privatizações no setor.
Motta admitiu que já fez declarações especulativas sobre a privatização das teles (subsidiárias estaduais): "Confesso que usava vocês para checar o mercado. Mas agora, não. A partir de agora, só falarei quando tiver a proposta final", afirmou Motta aos jornalistas.
Ele disse que conversou com Kandir depois de ler as declarações no jornais e recomendou ao ministro ter "cuidado" e "cautela" antes de fazer qualquer afirmação sobre privatização das teles, devido ao impacto nas Bolsas.
Motta disse que as declarações de Kandir são apenas especulações sobre modelos de privatização que estão sendo discutidos pelo Ministério das Comunicações.
Na verdade, Kandir reproduziu informações que recebeu da equipe de Motta na sexta-feira passada, durante reunião, na Telebrás, da qual participaram também os ministros Pedro Malan (Fazenda) e Clóvis Carvalho (Casa Civil), o presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros e o secretário-geral da Presidência da República, Eduardo Jorge.
Kandir, segundo Motta, participou da reunião porque o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que é vinculado ao Planejamento, será o operador do processo de privatização das teles.
(EL)

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