São Paulo, quarta-feira, 6 de novembro de 1996
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Fama rápida assusta Gwyneth Paltrow

ELAINE GUERINI
DA REPORTAGEM LOCAL

A seguir, a continuação da entrevista com a atriz Gwyneth Paltrow.
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Folha - Você se sentiu insegura nas filmagens de "Emma"?
Gwyneth Paltrow - Tive medo no início. Sabia que a minha personagem estaria em todas as cenas e que o filme seria um fiasco se ela não funcionasse. Tentei me preparar ao máximo para não decepcionar. Antes de "Emma", alguns produtores haviam me oferecido papéis principais. Mas, na época, não me sentia preparada. Só percebi que já estava pronta quando li "Emma".
Folha - Você interpreta uma prostituta em "Hard Eight". Filmou cenas ousadas?
Paltrow - De jeito nenhum. Meu avô me mataria se eu fizesse alguma coisa assim (risos). O filme explora o lado psicológico dessa mulher. É uma história sombria.
Folha - Como encara a sua ascensão-relâmpago em Hollywood?
Paltrow - É estranho. Sinto-me orgulhosa, mas, ao mesmo tempo, assustada. Tento não levar isso a sério. Hollywood muda de idéia tão rápido que em um minuto eles te amam, mas no outro te odeiam.
O que mais incomoda é que as pessoas ao seu redor também mudam. Elas não sabem mais agir normalmente. Às vezes, sinto-me isolada. É como se não pertencesse mais ao mundo normal.
Folha - Você se incomoda com o fato de ter ficado conhecida como a namorada do Brad Pitt?
Paltrow - Estou me esforçando ao máximo e acho que as pessoas estão começando a gostar do meu trabalho. Mais cedo ou mais tarde o público vai aprender a separar as coisas. Eu e o Brad temos uma vida tranquila juntos. A imprensa trata como se a nossa relação fosse uma coisa excepcional. Eles tiram fotos nossas em todo lugar. Mas não deixamos isso atrapalhar a nossa relação. Nós nos damos muito bem.

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