São Paulo, quarta-feira, 6 de novembro de 1996
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Perot troca humor por desânimo

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O empresário Ross Perot, 66, que há quatro anos encerrou sua primeira campanha presidencial com excelente humor, dançando com a mulher, Margot, um antigo sucesso chamado "Crazy" (Louco), de Patsy Cline, e prometendo voltar à luta para vencer, estava muito menos animado ontem.
"Vamos ver como isso vai acabar", afirmou num centro recreativo em Dallas, Texas, sudoeste do país, onde ele votou.
Sua porta-voz, Sharon Holman, disse que Perot esperava obter pelo menos 25% dos votos populares, embora em todas as pesquisas ele aparecesse ao longo de toda a campanha sempre abaixo de 10%.
Em 1992, ele teve 19% dos votos, o segundo melhor resultado neste século para um candidato de fora dos dois grandes partidos do país.
Como há quatro anos, a campanha de Perot foi baseada em TV. Na segunda-feira, ele apareceu nas três grandes redes nacionais, com programas de 30 e 60 minutos, pelos quais pagou US$ 2 milhões.
Ao contrário de 1992, desta vez ele concorreu por um partido, o da Reforma, organizado por ele, e aceitou ajuda pública para financiar sua campanha, em vez de usar o seu próprio dinheiro.
Perot é dono da 19ª maior fortuna pessoal do país, feita por si próprio, na área da informática. Ele nasceu em família humilde e fez carreira inicialmente como vendedor da IBM até resolver iniciar seu próprio negócio, a empresa EDS, que depois foi vendida para a General Motors.
(CELS)

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