São Paulo, quarta-feira, 6 de novembro de 1996
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Política para América Latina não muda, diz especialista

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Na opinião de Alexander Watson, subsecretário de Estado para América Latina durante o governo Clinton, a política dos Estados Unidos para a região será mais ou menos a mesma qualquer que tenha sido o resultado da eleição de ontem.
Em entrevista à Folha, Watson, que deixou o governo neste ano para assumir a vice-presidência do grupo ambientalista Nature Conservancy, disse que os dois candidatos principais são "reconhecidos internacionalistas" que, no poder, dariam ênfase à liberdade comercial.
A única área em que Watson acha que poderia haver diferenças de enfoque é a do meio ambiente. Ele afirma ter certeza do compromisso de Clinton com a qualidade ambiental em todo o hemisfério, mas não ter informação suficiente para afirmar como Dole se comportaria em relação a esse tema.
Para Watson, a grande dúvida sobre o futuro das relações entre EUA e América Latina está na composição do Congresso. Ele não acha tão importante saber qual partido terá a maioria legislativa, mas sim quais parlamentares serão eleitos, já que há isolacionistas e internacionalistas em ambos.
Cuba é "importante, mas muito irrelevante para o hemisfério", na opinião de Watson. Segundo ele, a lei Helms-Burton reduziu muito a margem de manobra do presidente, seja ele quem for. O futuro agora, afirma, depende mais de como a situação política cubana evoluir do que da iniciativa dos EUA.

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