São Paulo, quinta-feira, 7 de novembro de 1996
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Obra faz dicotomia campo x cidade

ROSEMEIRE DA SILVA
ESPECIAL PARA A FOLHA

O romance de Eça de Queirós, "A cidade e as Serras", confronta, como sugere o título, a dicotomia "campo x cidade" a partir da trajetória de Jacinto, um riquíssimo fidalgo português, nascido e criado em Paris, conhecido entre os amigos como "Príncipe da Grã-Ventura".
Entusiasta do progresso, tinha como lema a fórmula "suma ciência + suma potência = felicidade". Fez de seu palacete na av. dos Campos Elíseos, 202, uma síntese da civilização moderna, com todo tipo de equipamentos e uma biblioteca de 30 mil livros. Nada disso, entretanto, impediu que sentisse um tédio irremediável e se tornasse um pessimista, leitor de "Eclesiastes Bíblico" e Schopenhauer.
Certo dia, diz a seu amigo José Fernandes, narrador da obra, que viajará a Tormes, sua província natal. Após chegar a seu destino, sente-se envolvido pela paisagem campestre, que o vai livrando, gradativamente, da neurose da vida da cidade. Para completar, conhece Joaninha, uma jovem pura e simples, com quem se casa. Passados cinco anos, vivem felizes, com seus dois filhos, Teresinha e Jacintinho.

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