São Paulo, sexta-feira, 8 de novembro de 1996 |
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DCE da Uerj promove piquete
MÁRIO MOREIRA
Segundo a tesoureira do DCE, Luciana Araujo, 19, membros da UNE (União Nacional dos Estudantes) e da UEE (União Estadual dos Estudantes) vão participar dos piquetes, cujo objetivo é levar os estudantes a não fazer o exame. "Não vamos barrar a entrada de ninguém. Se a pessoa quiser entrar, paciência", disse Araujo. Nesse caso, afirma, os piqueteiros tentarão convencer os estudantes a entregar a prova em branco, conforme orientação da UNE. Serão distribuídos adesivos com a frase "Provão eu não faço" para os estudantes colarem nas provas. Ainda não há, porém, um consenso entre todas as entidades estudantis sobre a forma de atuação contra o provão no Rio. Segundo Adolfo Wagner, 24, do DCE da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), somente amanhã, numa reunião na sede regional da UNE, no Catete (zona sul), será definido o caráter da manifestação. "A priori, não estão previstos piquetes", disse ele. "Minha avaliação é que a proposta da UNE de boicote ao provão não vai ganhar densidade." O Caco (Centro Acadêmico Cândido de Oliveira), dos estudantes de direito da UFRJ, pretende entrar hoje na Justiça para impedir a realização do provão. Segundo Marcos Chehab, diretor executivo do Caco, não haverá tentativa de barrar a entrada dos estudantes para o exame. "Qualquer aluno de direito sabe que ninguém pode impedi-lo de entrar." Luciana Araujo disse que a preocupação dos organizadores dos piquetes é com a segurança. "É possível que coloquem um policiamento ostensivo para constranger os piqueteiros." O comandante do policiamento da capital, coronel Nilo Ferreira, afirmou não ter recebido qualquer pedido de reforço por parte do Ministério da Educação ou da Fundação Cesgranrio (responsável pela aplicação do provão no Rio). Texto Anterior: Ministro recebe líderes favoráveis Próximo Texto: Eleição para reitor acaba hoje na Unesp Índice |
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