São Paulo, sexta-feira, 8 de novembro de 1996
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Norte e NE consomem mais combustíveis

MÁRCIO DE MORAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O crescimento do consumo de combustíveis, que pode pressionar o déficit comercial, é maior nas regiões menos desenvolvidas do país, como Norte e Nordeste.
O governo prevê que as importações de petróleo e derivados ficarão neste ano entre US$ 5,5 bilhões e US$ 6 bilhões, contra US$ 4,601 bilhões em 95. O motivo do crescimento é a alta do consumo.
Na região Norte, o consumo de gasolina até setembro, em comparação a igual período de 95, registrou crescimento de 33,1%. No Nordeste, 30,1%.
Essas duas regiões contribuíram para que a média nacional de crescimento de consumo de gasolina ficasse em 17,9%.
As regiões Sul e Sudeste, com 15,6%, registraram menor crescimento, abaixo dos 17,5% do Centro-Oeste.
Nordeste e Norte tiveram crescimento no consumo de gasolina 100% maior que a produção nacional de petróleo, que registrou elevação de cerca de 15%.
Isso demonstra descompasso entre o crescimento da oferta interna e consumo naquelas regiões.
O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos no país) após o Plano Real é tímido se comparado ao índices do consumo de combustíveis.
Em 94, o consumo de derivados registrou 8,2% de crescimento, e o PIB, 5,7%. Em 95, foram 4,2% no PIB e 6,8% nos derivados.
No caso do óleo diesel, o crescimento no Norte e no Nordeste também é maior. O Nordeste registrou um crescimento de 11,9%, e o Norte, de 6,4%. O Sudeste foi o terceiro, com 4,7%, contra os 2,5% das regiões Centro-Oeste e Sul. O índice nacional foi de 5%.
No caso do consumo de gás de cozinha, o país registrou uma redução média de 3,3%. No Nordeste, cresceu 1,4%.

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