São Paulo, sábado, 9 de novembro de 1996 |
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Líder chinês faz críticas a protecionismo brasileiro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O primeiro-ministro da China, Li Peng, criticou ontem as medidas protecionistas adotadas recentemente pelo Brasil."É preciso aumentar o intercâmbio comercial numa base de igualdade e benefícios recíprocos. A China não está de acordo com essas medidas de protecionismo comercial", afirmou Li Peng, em Brasília, após se reunir com o presidente Fernando Henrique. Li Peng destacou que o seu país está tomando medidas para facilitar a entrada de mercadorias estrangeiras. No último dia 1º de abril, o imposto de importação foi reduzido de 38,9% para 23%. Já o governo brasileiro impôs barreiras à importação de sete produtos chineses -têxteis, brinquedos, lápis, ventiladores, cadeados, alho e carbonato de bário. Apesar da iniciativa chinesa de reduzir as taxas de importação, persiste o veto à entrada do país na OMC (Organização Mundial do Comércio). "Isso não é justo e traz prejuízos não só para a China, mas também aos seus parceiros comerciais", afirmou Li Peng. Na conversa com FHC, o primeiro-ministro insistiu na tese de que a existência de uma única potência militar e econômica -os Estados Unidos- é prejudicial aos países em desenvolvimento. "Eu e o presidente Cardoso chegamos a um consenso sobre a necessidade de promover a multipolarização", afirmou. Os dois governantes assinaram acordos de cooperação nas áreas espacial e de desenvolvimento sustentado. Também acertaram a manutenção do consulado-geral do Brasil em Hong Kong depois do dia 1º de julho do ano que vem, quando a atual colônia inglesa voltará ao domínio da China. Segundo parceiro FHC e Li Peng avaliaram que o comércio entre Brasil e China está "aquém da capacidade dos dois países" e que precisa ser ampliado "substancialmente". O relato é do porta-voz Sergio Amaral. A China é o segundo parceiro do Brasil na Ásia. O comércio entre os dois países movimenta US$ 2 bilhões por ano. Segundo Amaral, o Brasil quer comprar geradores de pequeno porte feitos na China. Texto Anterior: Brasil se compromete a recuperar salário Próximo Texto: Pequim busca estreitar laços Índice |
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