São Paulo, sábado, 9 de novembro de 1996
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China apresenta déficit comercial

DENISE CHRISPIM MARIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O susto que a entrada de produtos chineses -mais baratos- causa no mercado brasileiro esconde o fato de que o país vende mais aos chineses do que compra.
Os chineses estão diminuindo a vantagem brasileira, mesmo após as medidas de proteção comercial que o governo adotou para inviabilizar algumas importações.
As exportações brasileiras à China bateram recorde no ano passado, com US$ 1,204 bilhão, segundo dados reunidos pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
A cifra correspondeu a 2,61% do total embarcado ao exterior pelo Brasil, que tem na China seu segundo maior mercado asiático.
Em contrapartida, a China vendeu aos brasileiros US$ 1,038 bilhão em mercadorias em 95 -0,68% de suas exportações.
As trocas entre os dois países cresceram nos últimos anos. Em 1994, a soma do comércio entre ambos foi de US$ 1,285 bilhão. Aumentou para US$ 2,242 bilhões no ano passado e atingiu US$ 1,434 bilhão de janeiro a agosto de 1996.
O superávit brasileiro era de US$ 359 milhões em 1994, caiu para US$ 164 milhões no ano passado e chegou a US$ 129 milhões nos primeiros oito meses de 1996.
China e Brasil tornaram-se os dois principais destinos dos investimentos de multinacionais, segundo o grupo Euromoney.
A China enfrenta o desafio de reduzir a taxa de inflação, que atingiu 7% no ano passado. A fórmula adotada pelo primeiro-ministro Li Peng é a redução do ritmo de crescimento econômico para 9% neste ano, depois dos 10,2% de 1995.

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