São Paulo, sábado, 9 de novembro de 1996 |
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Avião teria feito escala de emergência
DA REPORTAGEM LOCAL O Fokker-100 da TAM que caiu quinta-feira passada no Jabaquara teria feito uma escala de emergência em Brasília 40 dias antes do acidente para reparar problemas de refrigeração.A afirmação é do comerciante Sérgio Berrettini, 25, que viajou de São Paulo a Fortaleza (CE) no vôo 9.856 da TAM, em 22 de setembro, que teria sido feito pelo Fokker prefixo PT-MRK. O comerciante disse que reconheceu o avião devido à sua pintura diferente do restante da frota da TAM: ele era inteiro azul, com a frase Number 1 pintada na fuselagem, para comemorar um prêmio ganho pela empresa. Berrettini prestou depoimento ontem de manhã na Delegacia Seccional Sul. Mas ele pretende aproveitar o depoimento para investigar se a TAM cumpre as normas de relato de falhas em aeronaves estabelecidas pela Aeronáutica. "Vou pedir à empresa o relatório desse vôo. Se não constar o problema relatado pela testemunha, é indício de que a TAM não cumpre os procedimentos de lei." A direção da TAM confirmou que houve o problema, mas disse que não foi o avião acidentado que fez esse vôo (leia no texto abaixo). Ar condicionado Segundo Berrettini, o vôo saiu de São Paulo às 14h e fez uma escala em Ribeirão Preto. "Cinco minutos após a decolagem, o comandante proibiu os passageiros de fumar e avisou que faria uma escala em Brasília para corrigir problemas técnicos", disse ele. "Todos os passageiros ficaram dentro do avião, com o ar condicionado desligado. Como os mecânicos não conseguiram resolver o problema, tivemos que trocar de aeronave", afirmou. "Na hora, eu achei normal, mas depois que vi o acidente com esse mesmo avião eu me preocupei e resolvi depor. Sei que um problema não tem relação com o outro, mas é preciso investigar tudo para que não aconteça outra tragédia." Documentos Tuma Júnior afirmou que a TAM tinha que entregar até ontem uma série de documentos que serão anexados ao inquérito. Mas, até as 20h de ontem, os documentos não haviam sido entregues. "Se a empresa não entregar, posso pedir um mandado de busca e apreensão." Texto Anterior: Desafogo arbitral Próximo Texto: 'Não percebi pane', diz comandante Índice |
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