São Paulo, sábado, 9 de novembro de 1996 |
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Dólar futuro tem forte alta na BM&F
JOSÉ CARLOS VIDEIRA
O principal deles era a possibilidade de o déficit da balança comercial ficar em US$ 1,5 bilhão em outubro. O mercado chegou a falar ontem que a equipe econômica estaria reunida para decidir por uma possível mididesvalorização do real. Na BM&F os contratos futuros de dólar subiram em todos os vencimentos. O contrato de maio de 97 (que reflete a expectativa de taxa cambial de abril de 97) subiu 0,34% sobre o fechamento anterior -a maior oscilação do dia. O volume financeiro dos contratos de câmbio na BM&F atingiram o recorde de R$ 19,68 bilhões (o anterior havia sido de 15,33 bilhões no dia 28 do mês passado). Depois de cinco intervenções seguidas, o Banco Central (BC) apenas observou a pressão que também tomou conta do mercado de dólar comercial à vista ontem. A cotação do comercial, que vinha insistindo em ficar abaixo do piso da minibanda de variação cambial, chegou próximo ao teto da minibanda (R$ 1,0335). Durante o dia, os negócios com dólar comercial chegaram a sair por até R$ 1,0305, recuando no fechamento para R$ 1,0297 na venda, com alta de 0,12% sobre o fechamento do dia anterior. Mas não foi apenas a pressão dos futuros que puxou para cima a cotação do dólar comercial. Como ocorre em todos os feriados nos Estados Unidos, o da próxima segunda-feira também influenciou o mercado, que tem de compensar um dia a menos de aplicação financeira. Bolsas O nervosismo do câmbio, com as expectativas negativas sobre o desempenho da balança, acabaram refletindo nas Bolsas de Valores. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou com forte queda. O índice Bovespa recuou 1,60%, para 65.595 pontos, com volume financeiro fraco: R$ 365,76 milhões. Telebrás PN caiu 2,7%, ficando entre as maiores quedas do Ibovespa. A Bolsa do Rio caiu 1,01%, fechando em 24.326 pontos (Isenn), com giro de R$ 17,77 milhões. Texto Anterior: Cragnotti investirá US$ 100 mi no país Índice |
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