São Paulo, domingo, 10 de novembro de 1996
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Preocupação oficial; Pedra no sapato; Garantindo o discurso; Preço a pagar; País de heróis; Síndrome do Supremo; Confronto antecipado; Porta arrombada; Polícia paralela; Eterno conflito; Solução prometida; Missão verde; Firmes como geléia; Discurso desencontrado; Dinheiro estratégico; Platéia de resultados

Preocupação oficial
FHC recebeu sugestão para rever a lei de remessa de lucros de multinacionais para o exterior. Por conta dos lucros das estatais que serão privatizadas em 97. A privatização é tida como fundamental para ajudar o Real a respirar até ajuste mais definitivo.

Pedra no sapato
Quem conversou com FHC na semana que passou saiu com a impressão de que o presidente se preocupa mais com o comércio exterior do que tem deixado transparecer publicamente.

Garantindo o discurso
Sabendo que Paulo Maluf empunhará bandeira com tintas nacionalistas em 98, já há no Planalto quem pense em arrumar meios de incentivar o capital brasileiro a participar mais ativamente da privatização em 97.

Preço a pagar
Na avaliação do Planalto, FHC não saiu ileso da demissão de Adib Jatene. Embora antiga, a última pesquisa em poder do governo revelava que o ministro da Saúde era o mais popular da Esplanada dos Ministérios.

País de heróis
Há nove nomes de candidatos a ministro da Saúde em cima da mesa de FHC. A maioria é de masoquistas, com mensagens na linha: "Eu topo o sacrifício...", "É uma missão difícil, mas aceitaria pelo bem do país...".

Síndrome do Supremo
Embora não diga, Luís Eduardo Magalhães admite mudar o relator da emenda da reeleição. Para evitar a paralisação da votação, como ocorreu com a reforma da Previdência, caso o PT recorra ao STF e obtenha liminar.

Confronto antecipado
O 1º teste da reeleição será dia 19, quando a Câmara vota pedido do PT para impugnação do relator José Múcio (PFL-PE).

Porta arrombada
Há um precedente de signatário de emenda que se tornou relator, como José Múcio: José Luiz Clerot (PMDB-PB), autor do parecer da admissibilidade da emenda da reeleição na Comissão de Constituição e Justiça.

Polícia paralela
Foi uma investigação da P2, o serviço secreto da Polícia Militar, que deu ao promotor Eduardo Araújo da Silva a certeza de que o delegado João Lopes havia prendido as pessoas erradas pelo caso do bar Bodega. E obtido confissões criminais sob tortura.

Eterno conflito
Há uma guerra entre as polícias Civil e Militar em São Paulo. Por isso, a P2 levou ao Ministério Público o resultado de sua investigação sobre o bar Bodega. O delegado Lopes nega a tortura.

Solução prometida
O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) apresentará nesta semana quem seriam os verdadeiros autores do crime no bar Bodega, onde foram assassinadas duas pessoas no mês de agosto, em São Paulo.

Missão verde
FHC pediu ao secretário Ronaldo Sardenberg (Assuntos Estratégicos) que estudasse medidas para combater a ação de madeireiras asiáticas na Amazônia. Há suspeita de devastação.

Firmes como geléia
Três exemplos irrefutáveis para quem duvida do apoio de FHC ao projeto de contrato temporário de trabalho do ministro Paulo Paiva, encalacrado na Câmara: Alcides Saldanha (Transportes), José Carlos Seixas (Saúde) e Nelson Jobim (Justiça).

Discurso desencontrado
Sarney Filho e o líder do governo no Congresso, José Roberto Arruda, precisam conversar. Ao contrário de Sarneyzinho, diz o líder que as emendas coletivas ao Orçamento é que terão prioridade sobre a dos parlamentares.

Dinheiro estratégico
Com a intermediação de toda a publicidade legal, a Radiobrás vai faturar R$ 20 mi por ano. A conta é do presidente da empresa e animador da reeleição de FHC, Maurílio Ferreira Lima.

Platéia de resultados
A maior parte dos convidados que compareceram à inauguração do comitê pró-reeleição de FHC em Goiânia, na sexta, era de constituída de prefeitos eleitos em 3 de outubro. Os atuais preferiram ignorar o convite.

TIROTEIO
De José Aníbal (SP), líder do PSDB na Câmara, sobre a discussão no PT por Erundina ter usado imagens de FHC em seu programa eleitoral na TV:
- É uma coisa ambígua. É o PT sem rumo. Lamento muito, mas é isso.

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