São Paulo, domingo, 10 de novembro de 1996
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Parlamentar tem apartamento e passagem

DANIELA PINHEIRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Além do salário de R$ 8.000, os parlamentares têm direito a ocupar um apartamento de três quartos em Brasília. As despesas são custeadas pela Câmara.
No caso de o deputado optar por morar em hotel, ou dividir o apartamento com um colega, ele recebe uma ajuda de custo de R$ 3.000. Atualmente, a Câmara cede 430 apartamentos aos 513 deputados.
As normas não fazem distinção entre os deputados que moram em outros Estados e os que são da cidade nem para os que são casados -como a deputada Marta Suplicy (PT-SP) e seu marido, senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
"A única vantagem que os deputados têm agora é o apartamento. Acabou até o transporte para o aeroporto com carros da Casa", disse Ronaldo Paixão, assessor-chefe da Assessoria de Divulgação e Relações Públicas da Câmara. Há outros benefícios: todo mês, o deputado recebe quatro passagens aéreas para viajar para seu Estado.
Um dos motivos pelos quais parlamentares da oposição resolvem morar juntos é para economizar os salários. Fora os descontos nos vencimentos, os filiados ao PT têm de dar ao partido 30% do salário líquido. Segundo alguns deputados, o que sobra não ultrapassa R$ 3.000. No PC do B, a contribuição é maior: 50% da renda. "Fica muito apertado", diz o deputado Aldo Arantes (GO).

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