São Paulo, domingo, 10 de novembro de 1996 |
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Competição eleva nível superior dos EUA
GILBERTO DIMENSTEIN
Estar bem nas avaliações é uma questão vital para a sobrevivência. Se uma faculdade é considerada de alta qualidade, com respeitável produção científica e formação de profissionais, ela se habilita a receber doações privadas, verbas oficiais para pesquisa e atrai alunos qualificados. É, em essência, um círculo vicioso. Os melhores alunos escolhem as melhores faculdades, que, por seu nível, atraem dinheiro para continuar investindo em laboratórios e na contratação dos professores mais importantes. Os sistemas de avaliação são aplicados de todos os lados. A imprensa publica anualmente relatórios especiais comparando os cursos, a partir de dezenas de critérios; as revistas Nesweek, Time e US News & World Report contratam equipes para realizar essas investigações, respeitadas no mundo acadêmico. Há relatórios ainda mais detalhados feitos por empresas independentes. Esses relatórios servem aos alunos que buscam orientação para escolher os cursos. Avalia-se, inclusive, o prestígio internacional de determinado curso, o que é importante para alunos estrangeiros. Essa é mais uma razão porque tantos estrangeiros vêm para escolas como Harvard, Columbia, Stanford, Yale ou Chicago. São alunos dos celeiros dos ganhadores de Prêmio Nobel, outro critério para avaliar a qualidade de um estabelecimento. Nenhum lugar do mundo, por exemplo, tem tantos ganhadores de Prêmio Nobel de Economia como em Chicago. Há avaliações estaduais, que garantem o credenciamento da instituição. Em nível federal, o Ministério da Educação avalia o desempenho do ensino superior no país. O aluno que desejar cursar pós-graduação também é obrigado a realizar um teste em que se analisa não apenas o conteúdo aprendido; mais; em especial, capacidade analítica. Texto Anterior: Avaliação na Inglaterra vai levar oito anos Próximo Texto: Secretário francês não acredita em testes Índice |
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