São Paulo, domingo, 10 de novembro de 1996 |
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Seleção 'estilo Telê' quer vaga inédita
JOSÉ ALAN DIAS
O Mundial acontece em 99, no País de Gales e na França. O primeiro jogo do Brasil nas eliminatórias é hoje, contra Trinidad Tobago, em Port of Spain, a capital. O outro adversário, a Guiana, desistiu da disputa na última hora e pode ser desclassificado. O Brasil, segundo Antonio Martoni, um dos técnicos da seleção, joga no "estilo Telê Santana", enquanto a maioria das seleções adota o "estilo Parreira". "Eles jogam fechado, fazendo pontos à base de chutões. Somos elogiados quando jogamos fora. O pessoal não está acostumado com jogadores habilidosos e ágeis." No rúgbi, o comando da equipe é dividido por dois técnicos, um de ataque, outro de defesa. Em campo, quem "manda" é o capitão. Missão impossível Se conseguir passar pelo primeiro adversário, o time vai enfrentar o vencedor de uma seleção das Bahamas, ainda não definida, e Chile. Numa terceira fase, entraria na disputa com os EUA, Argentina, Uruguai e Paraguai, os melhores do continente. Está definido que 16 seleções estarão competindo no Mundial, duas delas da América Latina. A classificação da Argentina é quase certa. O país tem um rúgbi muito desenvolvido, e sua seleção até 19 anos é a melhor do mundo. O outro pode ser o Uruguai ou Paraguai. "Da primeira e segunda fases dá para passar. Depois, não tem jeito. O objetivo é mostrar a cara para o mundo", diz Martoni. Um dos maiores problemas para a popularização do rúgbi, além do elitismo, é a fama de violento. "Temos que tirar a imagem de esporte violento. O rúgbi é um esporte viril, mas com regras definidas e que pune com rigor a violência", diz o francês Jean-François Teisseire, presidente da ABR (Associação Brasileira de Rugby). "As pessoas desconhecem o esporte. O número de lesões no futebol é muito maior", afirma Mário Domingues, capitão da seleção. Texto Anterior: Brasil 'exporta' jogadores para o Japão Próximo Texto: Inglaterra é o berço Índice |
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