São Paulo, domingo, 10 de novembro de 1996
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Brasil 'exporta' jogadores para o Japão

DA REPORTAGEM LOCAL

O atacante Pampa, 32, trocou o vôlei brasileiro pelo japonês. Depois de ficar sem clube para disputar a Superliga Nacional Masculina de Vôlei 1996/97, ele assinou contrato para defender o time da NEC/HE.
Pampa seguiria ontem de madrugada para a cidade de Shiga, entre Kyoto e Osaka, onde vai morar nos próximos quatro meses.
O meio-de-rede Nei também vai atuar na mesma equipe de Pampa. Além deles, mais quatro atacantes brasileiros estarão nas quadras japonesas a partir do próximo mês, quando tem início a Liga Japonesa Masculina de Vôlei.
Orlando e Nei, que vão jogar no Panasonic, e Toaldo e Dentinho, que defenderão o Nippon Steel, viajariam no mesmo vôo de Pampa e Nei.
Já Eduardo Pezão, que vai disputar sua segunda temporada japonesa na equipe da NEC, de Tóquio, só viaja no final deste mês.
"Estou muito animado com esta oportunidade. Já fui umas 14 vezes para o Japão, sempre com a seleção brasileira, mas esta será a primeira vez que irei para realmente viver lá", disse Pampa.
Alertado pelo meio-de-rede Jorge Édson, que jogou no Japão no ano passado, Pampa e Nei embarcaram levando na bagagem muita comida brasileira e até uma panela de pressão.
"O Jorge nos disse que é muito difícil para um brasileiro se acostumar lá só com a comida deles. E não dá para passar sem um feijãozinho", afirmou o atacante.
Por conta disso, a dupla armazenou várias latas de feijoada, sacos de arroz, sucos em lata e até creme de leite para a viagem.
Pampa afirmou que só está deixando o Brasil pela segunda vez (jogou três temporadas na Itália) porque o ranking da Confederação Brasileira de Vôlei o impediu de continuar no Report/Suzano.
"Eles me taxaram com quatro pontos e me impediram de continuar jogando no Brasil", criticou o atacante, medalha de ouro na Olimpíada de Barcelona-92.
Pampa acredita que não vai ter muita dificuldade longe do Brasil. "O torneio é fácil. É uma pena que foi a única opção que sobrou para ganhar um dinheiro", disse o jogador, que diz não saber nada sobre o time em que vai atuar.

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