São Paulo, domingo, 10 de novembro de 1996
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Especulações

SÍLVIO LANCELLOTTI

Não foi pacífica como sugeriram algumas agências internacionais de notícias a reunião da Fifa, no dia 6, com os representantes da Coréia do Sul e do Japão, os países pré-encarregados da organização da Copa-2002. Também não houve nenhum acordo que a entidade tenha avalizado.
Por enquanto, não passam de especulações, eventualmente plantadas pelos interessados, as notícias de que o torneio se chamará Coréia do Sul/Japão-2002, de que o jogo de abertura e o congresso da Fifa acontecerão em Seul, e de que o sorteio das chaves e a decisão ocorrerão em Tóquio.
Quem garante é o suíço Joseph Blatter, secretário-geral da Fifa, numa frase textual: "Ficou claro, no encontro de Zurique, que nenhuma informação oficial será liberada antes da reunião do Executivo da Fifa, programada para Barcelona, em 7 de dezembro".
De fato, acordo de dirigentes não significa um acordo de governos. E, por enquanto, quem manda de fato em Tóquio e em Seul não apresentou nenhuma garantia de cooperação à entidade.
Em Zurique, irritado com a arrogância de Joon Chon-moon, o seu colega de Coréia, Ken Naganuma, o líder da delegação do Japão, chegou mesmo a abandonar a mesa dos debates.
Foi necessário que o sueco Lennart Johansson, presidente da Uefa, utilizasse o seu corpanzil mastodôntico para impedir, fisicamente até, a saída de Naganuma do salão.
O malaio Peter Valappan, secretário da confederação da Ásia, completa a confusão.
Assegura Valappan que o seu continente não vai se contentar em obter, dentro de casa, somente mais uma vaga no certame -além daquelas reservadas à Coréia do Sul e ao Japão.
Para o italiano Sergio Di Cesare, do "Task Force" da Fifa, "em quatro semanas uma bela bomba ainda pode explodir".

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