São Paulo, domingo, 10 de novembro de 1996 |
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CÉU
DO QUE OS VALES MAIS PROFUNDOS. Não há mais céu num lugarA nuvem está atada ao céu indiferente como o túmulo. A toupeira é tão feliz quanto a coruja que abre as asas. O objeto que cai no precipício cai do céu no céu. Partes poeirentas, líquidas, montanhosas, passageiras e queimadas do céu, migalhas de céu, brisas de céu, e montes. O céu é onipresente até nas trevas sob a pele. Devoro o céu, rejeito o céu. Estou com armadilhas na armadilha, com o habitante instalado, com o abraço abraçado, com a pergunta presente na resposta. A divisão entre céu e terra não foi pensada de forma adequada a respeito desta unidade. Permite até que se sobreviva num endereço mais exato, que pode ser achado mais depressa se me procurarem. Os meus sinais característicos são o arrebatamento e o desespero. Texto Anterior: REDAÇÃO DE BIOGRAFIA Próximo Texto: As coisas simples de João Antônio Índice |
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